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1 Reis 8

1 Reis - Capítulo 8

O traslado da Arca da Aliança

(2 Crônicas 5:2 – 6:2; Levítico 23:34)

1: Então o rei Salomão reuniu em Jerusalém os anciãos, líderes, autoridades de Israel, e todos os chefes das famílias israelitas, para transportarem de Sião, a Cidade de Davi, a Arca da Aliança de Yahweh.

2: Todos os homens de Israel congregaram-se junto ao rei Salomão, no mês de Etanim, que é o sétimo mês do ano, durante a festa desta época.

3: Quando todos os líderes de Israel chegaram, os sacerdotes tomaram a Arca de Yahweh

4: e a Tenda do Encontro com todos os seus utensílios sagrados, que nela ficavam, e a levaram. Coube aos sacerdotes e levitas o transporte de todos os objetos sagrados.

5: O rei Salomão e toda a comunidade israelita, que se havia congregado a ele diante da Arca, sacrificaram tantas ovelhas e tantos bois que nem conseguiram contar.

6: Os sacerdotes transportaram a Arca da Aliança de Yahweh para o Debir, seu espaço reservado no Santo dos Santos do Templo, e a depositaram debaixo das grandes asas dos querubins.

7: De fato, as estátuas dos querubins tinham suas asas abertas sobre o Lugar da Arca e cobriam a Arca e as varas utilizadas para o traslado.

8: Esses varais eram tão longos que as suas pontas, que se estendiam para fora da Arca, podiam ser observadas do Debir, a frente do Santo dos Santos mas não se conseguia avistá-las de qualquer outra parte.

9: Dentro da Arca estavam exclusivamente as duas Tábuas de Pedra que Moisés, quando estava no monte Horebe, tinha depositado na Arca. No dia em que Yahweh estabeleceu uma aliança com os israelitas depois de haverem sido libertos e partido do Egito.

Deus se manifesta no Templo

10: Ora, assim que os sacerdotes se retiraram do Santo dos Santos, a Nuvem encheu o Templo de Yahweh,

11: de modo que os próprios sacerdotes não puderam continuar o seu serviço ritual, pois a Glória do SENHOR tomou por completo o Templo de Yahweh!

12: Então exclamou Salomão: “Yahweh disse que habitaria numa nuvem escura.

13: Contudo, eu desejei construir para ti um templo magnífico, uma Casa para nela habitares para sempre!”

Discurso de Salomão ao povo

14: Em seguida o rei se voltou e abençoou toda a assembleia de Israel e toda a multidão se mantinha de pé.

15: E ele declarou: “Bendito seja Yahweh, o SENHOR, o Deus de Israel, que realizou por sua mão o que, com sua boca, prometera a meu pai Davi, afirmando:

16: ‘Desde o dia em que fiz sair meu povo Israel do Egito não escolhi uma cidade, dentre todas as tribos de Israel, para nela se construir uma casa onde estaria meu Nome, mas escolhi Davi para comandar Israel meu povo!’

17: Meu pai Davi teve em seu coração o propósito de construir uma Casa para Yahweh, o Nome do SENHOR, Deus de Israel,

18: entretanto, o SENHOR revelou a meu pai Davi: ‘Planejaste edificar uma Casa em homenagem ao meu Nome e fizeste bem.

19: Todavia, não serás tu quem edificará este Templo, e sim teu filho, saído de tuas entranhas, é que construirá a Casa para o meu Nome!’

20: E Yahweh fez com que a sua palavra se tornasse realidade: sucedi a meu pai Davi e tomei posse do trono de Israel como prometera o SENHOR, edifiquei a Casa para o Nome de Yahweh, Deus de Israel,

21: e nela preparei um Lugar para a Arca, na qual se encontra depositada a Aliança que Yahweh firmou com nossos antepassados na época em que os fez sair da terra do Egito!”

A oração de dedicação

22: Logo depois, Salomão prostrou-se diante do altar do SENHOR, na presença de toda a assembleia de Israel; estendeu as mãos em direção ao céu,

23: e orou: “Yahweh, Deus de Israel! Não existe nenhum Deus semelhante a ti lá nos mais altos céus, nem cá embaixo sobre toda a terra! Tu que preservas a tua Aliança de Amor com os teus servos que, de todo o coração, andam segundo a tua vontade.

24: Cumpriste a teu servo Davi, meu pai, a promessa que lhe havias firmado, e o que disseste com tua boca, realizaste neste dia com tua mão.

25: E agora, ó SENHOR, Deus de Israel, mantém a teu servo Davi, meu pai, a promessa que lhe fizeste, ao declarar: ‘Jamais te faltará um descendente diante de mim, que se assente no trono de Israel, contanto que teus filhos tenham total cuidado de caminhar de acordo com as minhas orientações, como tu tens procedido diante de mim!’

26: Agora, pois, Deus de Israel, que se cumpra a palavra que disseste a teu servo Davi, meu pai!

27: Mas será que Deus pode habitar, de fato, na terra com os seres humanos? Os céus, mesmo os mais longínquos, não podem circunscrever-te. Incomparavelmente menos esta Casa que construí!

28: Ainda assim, inclina teus ouvidos à oração e à suplica do teu servo e ao seu pedido de misericórdia, ó Yahweh, SENHOR, meu Deus. Atenta para o clamor e a prece que o teu servo faz hoje na tua presença.

29: Que teus olhos estejam observando dia e noite este Templo, contemplando este lugar do qual afirmaste: ‘Meu Nome estará presente lá!’ Ouve, portanto, o rogo que teu servo fizer voltado na direção deste Lugar.

30: Ouve desde os mais altos céus, lugar da tua perene habitação, o clamor do teu servo e de Israel, o teu povo, sempre que orarem voltados para este Lugar,e, quando ouvires, conceda-lhes o teu perdão.

31: Se alguém pecar contra seu próximo e este pronunciar sobre ele um juramento e lhe for exigido que jure, e ele vier a jurar diante do teu altar neste Templo,

32: ouve então do céu, opera e julga os teus servos. Condena o culpado, fazendo recair sobre sua cabeça a sua própria atitude maldosa, e inocenta o justo, retribuindo-lhe de acordo com a sua justiça.

33: Quando Israel, o teu povo, for vencido diante do inimigo, por haver pecado contra ti, se ele se converter, louvar teu Nome, orar e suplicar a ti neste Templo,

34: escuta no céu, perdoa o pecado de Israel, teu povo, e reconduze-o à terra que deste a seus pais.

35: Quando o céu se fechar e não houver chuva por terem eles pecado contra ti, se eles orarem neste lugar, louvarem o teu Nome e se arrependerem de seu pecado, por os teres afligido,

36: escuta no céu, perdoa o pecado de teu servo e do teu povo Israel. Tu lhes indicarás o caminho reto que devem seguir, e rega com chuva a terra que deste em herança a teu povo.

37: Quando a terra sofrer a fome, a peste, a ferrugem e mofo; o ataque dos gafanhotos peregrinos e das lagartas devastadoras, ou ainda quando os inimigos sitiarem suas cidades, quando em meio a qualquer praga ou epidemia,

38: uma palavra de oração ou prece por misericórdia for elevada a ti por um israelita ou por todo o Israel, teu povo, cada pessoa sofrendo com suas próprias aflições e dores, estendendo as mãos na direção deste Templo,

39: ouve dos altos céus, o espaço da tua habitação. Perdoa e age; retribui a cada um segundo o seu proceder, pois conheces o seu coração. És o Único que conheces plenamente as intenções do coração de todos.

40: Assim o povo te amará com temor respeitoso durante todo o tempo em que viver sobre a terra que deste aos nossos pais desde o passado.

41: Também quanto ao estrangeiro, que não pertence à linhagem de Israel, o teu povo, e que veio de uma terra distante por causa do teu Nome –

42: porque, eis que ouvirão falar do teu magnífico Nome, da tua boa e poderosa mão e do teu braço forte – quando este povo vier e orar voltado para este Templo,

43: ouve dos céus, espaço da tua habitação, e atende às súplicas do estrangeiro, a fim de que todos os povos da terra sejam esclarecidos quanto ao teu Nome e passem a te amar e temer, como procede Israel, o teu povo, e saibam eles que este Templo que edifiquei traz o teu Nome.

44: Se o teu povo sair à guerra contra seus inimigos, pelo caminho que o enviar e ele orar, voltado para a cidade que escolheste e para o Templo que construí em homenagem ao teu Nome,

45: escuta nos altos céus a sua prece e sua súplica e atende a sua causa.

46: Quando tiverem pecado contra ti, pois não há ser humano algum que não peque, e ficares irado com a atitude deles e os entregares nas mãos de seus inimigo, que os detenha e os leve como escravos para a sua terra, seja esta distante ou próxima;

47: se na terra para onde forem levados cativos reconhecerem seus erros e se converterem, e em meio a terra do seu cativeiro te confessarem: “Pecamos, nos desviamos e agimos com maldade!”

48: E se buscarem a ti de todo o coração e de toda a alma, na terra de seus inimigos que os tenham levado como escravos, e orarem a ti, voltados para a sua terra, que deste a seus pais, para a cidade que escolheste e para o Templo que edifiquei ao teu Nome,

49: escuta dos altos céus onde resides, a sua oração e a sua súplica e defende a causa do seu povo.

50: Perdoa a tua gente os pecados cometidos contra ti e todas as revoltas e transgressões que tiverem praticado contra a tua pessoa, faze-os encontrar graça diante de seus dominadores, de modo que recebam deles a necessária misericórdia;

51: porquanto são o teu povo e a tua herança, são os que fizeste sair do Egito, daquela fornalha de fundição.

Conclusão da oração e bênção

52: Que teus olhos estejam abertos para contemplar a atitude quebrantada do teu servo e de teu povo Israel, para ouvires todos os apelos que lançarem diante de ti.

53: Pois foste tu que os separaste como tua herança, dentre todos os povos da terra, como declaraste por meio de teu servo Moisés, quando libertaste e fizeste sair do Egito nossos antepassados, ó SENHOR, Yahweh!”

54: Assim que Salomão acabou de dirigir a Yahweh, o SENHOR Deus, toda essa oração e essa súplica, levantou-se do lugar onde estava ajoelhado, de mãos erguidas para o céu, diante do altar de Yahweh,

55: e pôs-se de pé. Abençoou em alta voz toda a congregação de Israel, exclamando:

56: “Bendito seja Yahweh, o SENHOR, que concedeu paz e descanso ao seu povo Israel, segundo tudo quanto havia prometido; de todas as suas boas promessas que transmitiu por meio de seu servo Moisés, nenhuma fracassou!

57: Que Yahweh, o SENHOR Deus, caminhe conosco, como andou com nossos pais, que não nos abandone nem nos rejeite!

58: Fazei com que de coração nos voltemos totalmente para Ele, a fim de que andemos em todos os seus caminhos e obedeçamos aos seus mandamentos, decretos e ordenanças, que prescreveu aos nossos antepassados.

59: E que as palavras deste meu clamor ao SENHOR tenham plena aceitação diante de Yahweh, o nosso Deus, dia e noite, a fim de que seja da sua vontade atender o pleito do seu servo e a causa de Israel, o seu povo, de acordo com a necessidade de cada pessoa.

60: Assim, todos os povos da terra reconhecerão que somente Yahweh, o SENHOR, é Deus e que não existe nenhum outro!

61: Quanto a vós, que seja todo o vosso coração honestamente dedicado a Yahweh, o nosso Deus, para que andeis de acordo com seus ensinos e decretos, obedecendo aos seus mandamentos, como acontece hoje!”

A dedicação do Templo

62: Então o rei e todo o Israel unido a ele ofereceram sacrifícios diante de Yahweh.

63: Para o sacrifício de paz e comunhão que ofereceu ao SENHOR, Salomão deu vinte e dois mil bois e cento e vinte mil ovelhas. Deste modo, o rei e todos os israelitas consagraram o Templo a Yahweh.

64: No mesmo dia, o rei consagrou a parte central do pátio que ficava em frente do Templo de Yahweh, a Casa do Eterno, e ali ofereceu o holocausto, que são os sacrifícios totalmente queimados, a oferta de cereais e a gordura das ofertas pacíficas, uma vez que o altar de bronze, que estava diante de Yahweh, era pequeno demais para conter todo o holocausto, a oblação e as gorduras dos sacrifícios pacíficos.

65: Nesta ocasião, Salomão celebrou a Festa dos Tabernáculos, e todo o Israel com ele; houve uma grande assembleia, com multidões vindas desde Lebo-Hamat, Entrada de Hamate, ao norte, até o ribeiro que marca a fronteira com o Egito, ao sul.

66: No oitavo dia Salomão despediu o povo e enviou cada pessoa de volta ao seu lar. Todos rogaram as bênçãos de Deus sobre o rei e retornaram para suas casas, felizes e com o coração repleto de esperança por todo o bem que Yahweh fizera a seu servo Davi e por todo o Israel, o seu povo.